Passa hoje o centenário da morte do Tenente Ferreira Durão, vítima da luta contra os alemães em África, no decorrer da I Guerra Mundial, cuja memória é guardada num arruamento de Campo de Ourique desde 1926, pelo Edital municipal de 11 de janeiro, na artéria que era referenciada como Rua Particular nº 2 à Rua Correia Teles.
Joaquim Ferreira Durão (Ponta Delgada/18.02.1876- 31.10.1914/Cuangar – Angola), foi um oficial do Exército, com 1,63 m de altura, olhos castanhos e cabelo preto como indica a sua ficha militar, filho do militar Joaquim José Guilherme Ferreira Durão e de Maria José Ferreira Durão, que aos 38 anos de idade foi uma das vítimas portuguesas da guerra contra os alemães no Sul de Angola, já que era o Capitão – Mor do Forte de Cuangar , onde morreu num ataque surpresa desferido às 3 horas da madrugada pelas forças alemãs das Schutztruppe, da vizinha colónia do Sudoeste Africano Alemão. Aquele ataque surgiu como retaliação pela morte de um grupo de cidadãos alemães em Naulila, a 400 km de distância, incidente que ocorrera duas semanas antes.
A morte do Tenente Ferreira Durão neste combate fronteiriço com as forças alemãs desencadeou uma onda de patriotismo que reforçou aqueles que politicamente defendiam a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial, pelo que seu nome foi incluído na toponímia de Lisboa e mais localidades, como Angra do Heroísmo.

Ilustração Portuguesa, 30.11.1914