A Rua Carlos Reis no 150º aniversário do pintor

Carlos Reis na «Ilustração Portuguesa» de 29.02.1904

Carlos Reis na «Ilustração Portuguesa» de 29.02.1904

Carlos Reis, que morou em Lisboa no Solar da Quinta dos Lagares d’El-Rei, e cujo 150º aniversário se comemora este mês, foi perpetuado pela edilidade lisboeta nas placas toponímicas da cidade junto com outros dois pintores, Francisco de Holanda e Veloso Salgado, em arruamentos do chamado Bairro de Santos, na zona do Rego, desde a publicação do Edital de 16/09/1960.

Carlos António Rodrigues dos Reis (Torres Novas/21.02.1863 – 21.08.1940/Coimbra) notabilizou-se como um pintor naturalista, discípulo de Silva Porto, expondo paisagens, imagens do quotidiano e retratos, com grandes coloridos e luminosidade. De entre os muitos quadros da sua autoria, destacam-se os painéis da sala de baile do Hotel do Buçaco”, o retrato de D. Carlos no paço de Vila Viçosa, Lenda da Princesa Peralta no Salão Nobre da Câmara Municipal da Lousã, Milheiral (1889), As Engomadeiras (1915) ou Quinta da Lagartixa.

Em 1895 iniciou uma longa carreira de docência na Escola de Belas Artes de Lisboa, e foi também Diretor do Museu de Arte Antiga em 1905 e o 1º Diretor do Museu de Arte Contemporânea (hoje Museu do Chiado), entre 1911-1914. Carlos Reis foi ainda fundador do Grupo Ar Livre e da Sociedade Nacional de Belas Artes, de que foi também dirigente como do Grémio Artístico e, membro da Academia de Belas Artes de Lisboa.

Este torrejano foi agraciado com a medalha de honra em pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes (1906 e 1920), a Grã-Cruz da Ordem de Santiago (1940) e, o seu nome foi dado a um Museu da sua terra natal e a um Parque na Lousã, localidade que conheceu em 1913 e onde teve casa e pintou na Quinta da Lagartixa.