Em 1938, a Liga dos Combatentes solicitou à Câmara de Lisboa a atribuição da denominação de «Combatentes da Grande Guerra» a um largo, praça ou avenida da capital mas a questão foi sendo protelada por falta de arruamento considerado condigno para o efeito e só pelo Edital municipal de 15 de março de 1971 foi atribuída a Avenida dos Combatentes, para englobar todos os combatentes incluindo os da Guerra Colonial que já decorria há 10 anos, na Avenida que era prolongamento da Avenida António Augusto de Aguiar e hoje percorre as Freguesias das Avenidas Novas, São Domingos de Benfica e Alvalade.
O processo municipal era o nº 18905/38, a que se juntou mais tarde o processo nº 17175/55, e foi analisado sucessivamente nas reuniões da Comissão Municipal de Toponímia de 11 de novembro de 1955, 4 de maio de 1956 e 21 de janeiro de 1958, com a resposta de se aguardar oportunidade de novas artérias. A Liga dos Combatentes voltou a insistir pelo ofício nº 4087 sugerindo para o efeito a Avenida do Aeroporto ou o troço da Avenida Almirante Reis, entre a Praça do Chile e a Praça do Areeiro, a que a Comissão na sua reunião de 15 de outubro de 1958 respondeu «que a alteração das nomenclaturas dos arruamentos referidos implicaria profundas despesas e transtornos aos proprietários e moradores dos prédios das mesmas vias públicas, além de que a Comissão, tem por norma recorrer, o menos possível a este sistema, pelo que mantém os seus anteriores pareceres, isto é, deverá aguardar-se que haja uma artéria condigna para atribuição da referida nomenclatura».
E em 1971, a Comissão Consultiva Municipal de Toponímia na sua reunião de 5 de março, finalmente escolheu a «avenida (em projecto) que constitui prolongamento da Avenida António Augusto de Aguiar, seja atribuído o topónimo: Avenida dos Combatentes», a que se deu existência pelo Edital municipal de 15 de março de 1971.
Refira-se que um pouco por todo o país, embora sem sabermos a data de atribuição e a que combatentes se destinava a homenagem, e mesmo que de forma não completamente exaustiva, encontramos muitas artérias – Avenidas, Ruas, Praças, Largos, Travessas, Becos e Rotundas – com o topónimo «dos Combatentes» em Abrunheira (Sintra), Alcácer do Sal, Aldeia das Dez (Oliveira do Hospital), Alfândega da Fé, Alhandra, Almargem do Bispo, Almeida, Almeirim, Alverca do Ribatejo, Amares, Anadia, Azambuja, Barcelos, Braga, Bucelas, Cabeceiras de Basto, Carrazeda de Ansiães, Cartaxo, Constância, Ermesinde, Espinho, Esposende, Forte da Casa, Fronteira, Lagoa, Loulé, Lourinhã, na Madeira, Maia, Mangualde, Marco de Canavezes, Milharado (Mafra), Moita, Oliveira de Azeméis, Oliveira de Frades, Ourém, Ovar, Paços de Ferreira, Parede, Paredes, Pero Pinheiro, Ponte de Sor, Portimão, Póvoa de Varzim, Rio Maior, Rio de Mouro, Sacavém, Salvaterra de Magos, São João da Talha, na ilha de São Miguel (Açores), Santa Maria da Feira, Santa Maria de Lamas, Santa Marta de Penaguião, Santarém, Santo Tirso, Sátão, Serra d’El-Rei (Peniche), Sesimbra, Setúbal, Terrugem (Sintra), Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Vialonga, Vila do Conde, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia,Vilar Formoso e Viseu. .
E algo semelhante se passa com o topónimo «Combatentes do Ultramar», que em Avenidas, Jardins, Largos, Ruas e Travessas surge em Almargem do Bispo, Almoçageme, Amarante, Beja, Cadafaz (Góis), Cadaval, Cartaxo, Cascais, Cucujães (Oliveira de Azeméis), Esposende, Guardizela (Guimarães), Lordelo (Guimarães), Louredo (Santa Maria da Feira), Lousada, Loures, Mata de Lobos (Figueira de Castelo Rodrigo), Matosinhos, Monchique, Moreira de Cónegos, Muge (Salvaterra de Magos), Nazaré, Odivelas, Paços de Ferreira, Paredes, Parede, Pedrógão Grande, Penafiel, Penalva do Castelo, Pero Pinheiro, Ponta Delgada, Ribeirão (Vila Nova de Famalicão), Rio Maior, Rio de Moinhos (Borba), São João da Caparica (Almada), São João da Madeira, Sintra, Tondela, Vila Nova de Gaia, Vila Nova de Poiares e Vila Verde.