Inauguração da Avenida Álvaro Cunhal

Alvaro Cunhal[1]

O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, vai inaugurar no próximo sábado, dia 8 de Junho, às 11:30 horas, a Avenida Álvaro Cunhal.

Na nota da brochura, refere o Sr. Presidente da CML que «(…) Sendo a toponímia uma forma de enriquecimento do património memorial da cidade e de evocação do legado de quem, pela sua personalidade, pela sua obra, pela sua acção, marca a história de cada tempo, a Câmara Municipal de Lisboa presta este tributo a Álvaro Cunhal, assinalando o centenário do seu nascimento.»

planta de localização do arruamento

planta de localização do arruamento

Coordenadas geográficas:
N 38.772103
W -9.151574

O autor do 1º Código Comercial português numa rua de Campo de Ourique

José Ferreira Borges (Litografia de José Alves Ferreira Lima)

José Ferreira Borges (Litografia de José Alves Ferreira Lima)

José Ferreira Borges, o autor do 1º Código Comercial português, desde 1880 que dá nome a um eixo central do Bairro de Campo de Ourique, a Rua Ferreira Borges, topónimo atribuído por Edital camarário de 30 de Agosto de 1880 à Rua nº 1 de Campo de Ourique, também conhecida como Avenida de Campo de Ourique.

José Ferreira Borges (Porto/06.06.1786 – 14.11.1838/Porto) foi um jurisconsulto e político, formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, que nos legou o primeiro Código Comercial português, em 1833.

Ferreira Borges foi advogado da Relação do Porto desde 1811 e, desempenhou importantes cargos públicos, como juiz do Tribunal de Comércio de Lisboa. Igualmente fundou a Associação Comercial do Porto e secretariou a Companhia dos Vinhos do Alto Douro (1818), tendo desempenhado um papel fundamental na reorganização das actividades económicas e comerciais no Portugal de Oitocentos.

Membro da Maçonaria foi, com Manuel Fernandes Tomás, um dos fundadores do Sinédrio (1817), associação clandestina que teve papel importante na instauração do Liberalismo em Portugal pelo que, quando se dá a revolução liberal de 24 de Agosto de 1820 desempenhou as funções de membro da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino e, no ano seguinte, foi deputado às Cortes Constituintes pelo Minho. Com a Vilafrancada e a abolição da Constituição viu-se forçado a exilar-se em Londres, onde participou em acesas campanhas e polémicas em defesa dos ideais revolucionários de 1820 que em Portugal eram entretanto abafados. Regressado a Portugal em 1833, elaborou o Código Comercial Português, que foi aprovado e promulgado nesse mesmo ano e ficou conhecido como Código Ferreira Borges com uma vigência de 60 anos.

Deixou ainda como obra publicada, entre outros, Instituições do direito cambial português (1825), Do Banco de Lisboa (1827), Jurisprudência do contrato mercantil (1830), Princípios de Sintetologia (1831), Instituições de economia política (1834) e Dicionário jurídico-comercial (1840).

nas Freguesias de Santo Condestável e de Santa Isabel – na futura Freguesia de Campo de Ourique

nas Freguesias de Santo Condestável e de Santa Isabel – na futura Freguesia de Campo de Ourique

Um navegador cagaréu na Encosta do Restelo

na Freguesia de Santa Maria de Belém – na futura Freguesia de Belém

na Freguesia de Santa Maria de Belém – na futura Freguesia de Belém

João Afonso de Aveiro, um navegador cagaréu do século XVI dá nome à Rua 16 do Bairro de Casas Económicas da Encosta do Restelo, desde o Edital de 15de Junho de 1960.

O Bairro das Casas Económicas da Encosta do Restelo, construído ao abrigo do Plano de Urbanização do Arqº Faria da Costa, recebeu denominações numéricas nas suas artérias pelo edital municipal de 03/12/1951. Mais tarde, pelo edital de 15/06/1960, foram essas 22 designações substituídas por topónimos relativos à Expansão Portuguesa dos séculos XV e XVI.

É neste contexto que é atribuído o nome de João Afonso de Aveiro, navegador que acompanhou Diogo de Azambuja e Bartolomeu Dias à costa da Mina em 1481, viagem em que descobriram o Zaire (em 1485). João Afonso também explorou a região de Gato (no Benim), em 1486, donde trouxe a famosa pimenta de rabo e onde também, fundou uma feitoria para resgate de pimenta e de escravos e lá acabou por falecer.

Os restantes homenageados pelo mesmo edital municipal foram os navegadores do séc. XV Afonso Gonçalves Baldaya, Afonso de Paiva, Álvaro Fernandes, Bartolomeu Perestrelo, Dinis Dias, Diogo Gomes, Gaspar Corte-Real, João de Santarém, Lopo Infante, Nicolau Coelho, Nuno Tristão e Pedro Escobar; os navegadores João da Nova, do séc. XVI e, David Melgueiro e Manuel Godinho de Herédia do séc. XVII; o Piloto-Mor João de Lisboa, o Capitão-Mor António de Abreu, o Capitão de Malaca D. João da Silva, o fundador do Castelo da Mina Diogo de Azambuja, o missionário Padre António de Andrade e ainda, o combatente de Dio Fernão Penteado.

Placa Tipo II

Placa Tipo II

A Paz da ONU e a Avenida Sérgio Vieira de Mello

sergio vieira de mello - placa

Freguesia de Santa Clara – Placa Tipo II                                                                       (Foto: Sérgio Dias)

Hoje é o Dia Internacional das Forças de Manutenção de Paz das Nações Unidas, oportunidade para evocarmos Sérgio Vieira de Mello, que faleceu vítima de um atentado às instalações da ONU no Iraque, em 2003, ano desde o qual o seu nome dignifica a que era a Avenida 7 do Alto do Lumiar (pelo Edital de 15/12/2003), com a legenda «Alto Comissário da ONU/1948 – 2003».

Sérgio Vieira de Mello (Brasil-Rio de Janeiro/15.03.1948 – Iraque-Bagdad/19.08.2003) ficou conhecido dos portugueses por ter sido quem em nome das Nações Unidas liderou o processo de transição para a independência e libertação de Timor-Leste – a Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste (UNTAET) – , entre 1999 e 2002, o que lhe valeu em 2002 a nomeação para Alto Comissário para os Direitos Humanos.

Sérgio fez um bacharelato de Literatura Clássica no Rio, a que somou na Sorbonne de Paris uma licenciatura, mestrado e doutoramento em Filosofia e Ciências Humanas. Começou a sua carreira na ONU, em 1969, em Genebra, como funcionário do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. No ano seguinte já estava em missão no Bangladesh. Foi um defensor acérrimo dos direitos humanos nas inúmeras missões onde participou desde o Paquistão (1971), Sudão (1972), Chipre (1973), Moçambique (1975), Peru (1978), Líbano (1981-1983), Camboja (1991-1996), Bósnia e Kosovo (1994 e 1999) ou Ruanda (1996). Em Maio de 2003 foi nomeado por Kofi Annan seu representante no Iraque, onde com mais 21 pessoas acabou por falecer vítima de um atentado ao Hotel Canal que era usado como sede local da ONU.

Como nota solta refira-se ainda que Sérgio Vieira de Mello foi eleito pelas revistas Vogue e Vanity Affairs, por duas vezes, o homem mais desejado e charmoso do mundo, mas não compareceu para receber os títulos.

sergio vieira de mello - av

Freguesia de Santa Clara                                                                                                 (Foto: Sérgio Dias)

Alfama do Chafariz de Dentro

Placa Tipo I

Placa Tipo I

Este Largo de Alfama na confluência entre a Rua do Terreiro do Trigo, Rua Jardim do Tabaco, Rua dos Remédios e Rua de São Pedro, denominado do Chafariz de Dentro é um arruamento com muitos séculos que o olisipógrafo Norberto de Araújo considera «o Rossio de tôda a Alfama, e melhor diria o seu Terreiro do Paço pois muitos séculos não há que o mar aqui chegava.»

O chafariz que está em funcionamento desde o séc. XIII, ganhou o nome de Dentro porque no século XIV ficava entre muralhas mas também foi vulgarmente conhecido como Chafariz de Alfama. A Cerca Fernandina tinha então uma porta para este Largo que recolheu o nome do chafariz. Antes, de acordo com uma referência documental de 1280, chamar-se-ia Chafariz dos Cavalos já que as suas águas jorravam da boca de uns cavalos de bronze que adornavam a frontaria mas, segundo o cronista Fernão Lopes estas bicas foram roubadas pelos castelhanos, aquando do cerco de Lisboa de 1384. Em 1494, o chafariz teve alguns arranjos, mas foi em 1622 que tiveram lugar as obras de monta, de que ficou a memória na inscrição da frontaria: «Êste Chafariz mandou a Câmara desta Cidade reformar no ano de 1622, sendo presidente dela João Furtado de Mendonça do Conselho de Sua Majestade (…) o qual se reformou com o dinheiro do real d’água». Em 1694 também o Largo recebeu grandes obras de saneamento e urbanização.

Alfama afamada pelas suas boas e abundantes águas, teve neste Largo do Chafariz de Dentro um espaço onde no séc. XIV as populações locais acorriam para abastecimento de água, mas também para o mercado regular e feiras periódicas que se estendiam para a Rua de S. Pedro e para a praia. A urbanização do Largo em 1622 e em 1694 tornou-o um espaço mais cosmopolita e de relação com o exterior.

nas Freguesia de São Miguel e Santo Estevão – na futura Freguesia de Santa Maria Maior

nas Freguesia de São Miguel e Santo Estevão – na futura Freguesia de Santa Maria Maior

Uma voz do fado de Lisboa em Caselas

Lucília do Carmo com o seu filho Carlos do Carmo, à porta do Faia

Lucília do Carmo com o seu filho Carlos do Carmo, à porta do Faia, na década de 60 do séc. XX             (Foto: Eduardo Gajeiro)

Lucília do Carmo, uma voz do fado de Lisboa está perpetuada na toponímia de Caselas, desde a publicação do Edital de 20/09/1999, acolhendo-se no arruamento situado entre a Rua da Cruz a Caselas e a Rua Sam Levy.

Lucília Nunes Ascenção do Carmo (Portalegre/04.11.1919 – 19.11.1998/Lisboa) foi uma das figuras importantes do Fado de Lisboa., no qual se iniciou ainda em Portalegre, apresentando-se como amadora em sociedades de recreio e festas de beneficência. Mudou-se para Lisboa e continuou a cantar fado na verbena do pessoal dos Caminhos de Ferro Portugueses, em Alcântara. Como profissional, fez a sua estreia no Café Mondego, em 1 de Abril de 1937, ensaiada pelo guitarrista Jaime Santos, onde obteve um grandioso êxito e que lhe abriu para depois cantar no Café Luso, na Parreirinha de Alfama e através das ondas da rádio, na Emissora Nacional, na Rádio Graça e na Rádio Luso.

Em 1947, com o seu marido – o empresário Alfredo Almeida-, abriu uma Casa de Fados a que deram o nome de A Adega da Lucília, na Rua da Barroca nº 56, onde passou a cantar diariamente, acompanhada pelo guitarrista Fernando Freitas e o violista Armando Machado. Foi neste estabelecimento do Bairro Alto, que mais tarde se viria a chamar Faia que Lucília do Carmo deu voz a vários fados que se tornaram célebres: Maria Madalena, Anda a Saudade Bem Alta, Fado da Azenha, A História do Nosso Fado, Canção de Vencedores, Tia Dolores, Antigamente, Verdades que a Noite Encobre, Senhora da Saúde, Foi na Travessa da Palha, Rapsódias de Fados e Olhos Garotos, Loucura , Zé MariaLá vai a Rosa Maria. Quando atingiu os 60 anos de idade retirou-se da vida artística e deixou o seu legado fadista para ser continuado pelo seu filho Carlos do Carmo.

na Freguesia de São Francisco Xavier – na futura Freguesia de Belém

na Freguesia de São Francisco Xavier – na futura Freguesia de Belém

No Dia de África, a Rua Amilcar Cabral

Placa Tipo IV

Placa Tipo IV

Já que hoje se celebra o Dia de África evocamos a figura de Amilcar Cabral, fundador do PAIGC, que desde o Edital de 22/04/1983 dá nome ao Arruamento A do Plano de Urbanização da Quinta do Lambert (Unor 32), também conhecido como Impasse 2 à Alameda das Linhas de Torres.

A sua consagração toponímica partiu de uma proposta dos vereadores da APU que foi aprovada na reunião camarária de 31/01/1983.  Refira-se ainda que no subsequente Edital de 22 de Abril de 1983 também foi atribuído ao Arruamento B da mesma Urbanização o nome de outro político africano: Agostinho Neto.

Amilcar Cabral (Guiné-Bissau- Bafatá/ 12.09.1924 – 20.01.1973/Conakry) era engenheiro agrónomo de formação e terminou abruptamente o seu percurso político assassinado por dissidentes do PAIGC  em conluio com a PIDE-DGS.
Amilcar Cabral nasceu filho de pai cabo-verdiano e mãe guineense, pelo que não se estranha que tenha sido dirigente político da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Regressado à Guiné após a conclusão da licenciatura em Lisboa, fundou o Clube Desportivo que foi proibido em 1954 e trocaram-lhe o trabalho do recenseamento agrícola da Guiné, por trabalhos sobre a cultura do algodão e da cana-de-açúcar em Angola. Por isso, em 1956, participou na formação do MPLA e meses depois, em 19 de Setembro, arrancou com a fundação do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde). Chefiou este movimento que a partir de 1963 se lançou na luta armada contra a ocupação portuguesa. Foi recebido em Roma pelo Papa Paulo VI, denunciando o colonialismo português.

Amilcar Cabral deixou ainda obra escrita sobre colonialismo e agronomia e, era Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lincoln (EUA) e pela Academia das Ciências da URSS.

na Freguesia do Lumiar

na Freguesia do Lumiar

A 1ª mulher da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa

na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima – na futura Freguesia das Avenidas Novas

Freguesia das Avenidas Novas

Julieta Ferrão foi a 1ª mulher com assento na Comissão Consultiva Municipal de Toponímia, a partir do dia 21 de outubro de 1970 e até 22 de fevereiro de 1974, e quatro anos após a sua morte (pelo Edital de 10 de agosto de 1978) foi perpetuada na toponímia alfacinha na Rua C à Avenida Álvaro Pais, com a legenda «Museóloga/1899 – 1974».

Julieta Bárbara Ferrão (Lisboa/04.12.1899 – 1974) era licenciada em Belas- Artes e trabalhava há 44 anos para o Município de Lisboa como directora do Museu Rafael Bordalo Pinheiro, do qual se reformara no ano de 1969, quando foi convidada a integrar a Comissão de Toponímia, então presidida pelo Vereador Dr. José Arraiano Tavares, e sendo os outros vogais o Dr. Durval Pires de Lima e o Director dos Serviços Centrais e Culturais, Dr. Henriques Martins Gomes e, mais tarde, o Dr. Fernando Castelo Branco da Repartição de Acção Cultural e o Dr. Cristiano Simões de Maia Alves, Director dos Serviços Centrais e Culturais.

Desde 1926 que Julieta Ferrão dirigia o Museu Rafael Bordalo Pinheiro, ou seja, logo após as obras para a sua abertura definitiva e como tal, foi a principal responsável pela selecção das obras a expor e pela montagem do Museu. A partir de 1942, ano em que a Autarquia lisboeta inaugurou o Museu Municipal e criou um Serviço de Museus – onde englobou o Rafael Bordalo Pinheiro e mais tarde, o Antoniano -, que lhe foi confiada a direcção técnica deste Serviço, sendo assim também a 1ª Conservadora dos Museus Municipais de Lisboa.

Nos anos de 1970 a 1974 em que Julieta Ferrão foi vogal da Comissão de Toponímia, preencheram-se arruamentos da Malha J de Chelas com os nomes de dois engenheiros, um navegador, o restaurador de Pernambuco, dois exploradores africanos, um capitão-mor do séc. XVII, a Atriz Palmira Bastos, o Conselheiro Emídio Navarro e o escritor Aquilino Ribeiro, ao mesmo tempo que na Célula E de Olivais- Sul se perpetuava a memória de povoações de Moçambique e, em Olivais Velho e no Calhariz de Benfica se homenageavam militares «falecidos no ultramar em combate ao terrorismo». Foi também nesta época que se denominaram grandes vias como as Avenidas José Malhoa e de Ceuta e que, por sugestão do então Presidente da Câmara, foram atribuídos a ruas de Lisboa os nomes do cineasta Leitão de Barros, da aguarelista Raquel Roque Gameiro, do Prof. Lima Basto, dos navegadores João de Paiva, Diogo Afonso, Rodrigues Cabrilho – na zona do Alto do Restelo -, e dos olisipógrafos Luís Pastor de Macedo e Eduardo Neves. Julieta Ferrão deixou ainda obra publicada de que se destaca a  Monografia do Museu Rafael Bordalo Pinheiro (1922), Rafael Bordalo Pinheiro e a Crítica (1924), Guia do Museu Rafael Bordalo Pinheiro (1927), Rafael, Bordalo e a faiança das Caldas (1933), Lisboa…1870 (1943), A conquista de Lisboa por um Caldense (1955), Vieira Lusitano(1956), Há 70 Anos: inauguração do caminho de ferro da Beira Baixa (1962).

na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima – na futura Freguesia das Avenidas Novas

Freguesia das Avenidas Novas

Reinaldo Manuel dos Santos e o Aqueduto

Placa Tipo II

Placa Tipo II

Com a legenda «Director da Obra do Aqueduto de 1772 a 1791» está Reinaldo Manuel dos Santos na que fora a Rua dos Amoladores e ainda antes,  Rua 17 do Bairro do Alto da Serafina, mesmo nas proximidades do Aqueduto das Águas Livres.

A história deste topónimo e dos restantes do Bairro do Alto da Serafina começa quando o Edital de 15 de Março de 1950  atribuiu denominações numéricas aos arruamentos do Bairro do Alto da Serafina, aliás como era costume fazer para os Bairros Sociais lisboetas, cabendo a este a nomenclatura de Rua 17. Depois, o Edital de 28 de Dezembro de 1989 deu a este arruamento a denominação de Rua dos Amoladores e nas restantes artérias  topónimos ligados a profissões como  a Rua das Costureiras, a Rua do Deita – Gatos ou a Rua do Andador das Almas, o que provocou protestos da população do bairro.

Assim, a CML em consenso com a Junta de Freguesia de Campolide e a Comissão de Moradores do Bairro, atribuiu novas denominações no ano seguinte, através da deliberação camarária de 05/12/1990 e do  edital de 14/12/1990, prestando homenagem no Bairro da Serafina a personalidades envolvidas na construção do Aqueduto das Águas Livres, assim como a figuras e instituições com uma forte ligação a este Bairro, pelo que esta artéria passou a designar-se Rua Reinaldo Manuel dos Santos, em homenagem ao engenheiro que dirigiu as obras do Aqueduto no período de 1772 a 1791.

Reinaldo Manuel dos Santos deu entrada para as obras do Aqueduto por decreto régio de D. José de 7 de Junho de 1771 substituindo Miguel Ângelo Blasco em todas as suas funções depois da morte deste.

Iniciara a sua aprendizagem como arquitecto e engenheiro na construção do Convento de Mafra e na Aula do Risco de Lisboa, tendo sido depois ajudante de Eugénio dos Santos na reconstrução de Lisboa. Em Lisboa podemos ainda encontrar a sua obra também no pedestal da estátua equestre de D. José I, na Igreja dos Mártires, no chafariz das Janelas Verdes.

na Freguesia de Campolide

na Freguesia de Campolide