Três anos após o seu falecimento, através do Edital municipal de 08/07/1986, o hoquista Olivério Serpa deu nome ao arruamento do Bairro de Santa Cruz de Benfica que parte da Rua da Casquilha para nascente, paralelo ao Parque Desportivo do Clube Futebol Benfica (Estádio Francisco Lázaro), já que o «Fofó» foi o seu clube de sempre e foi o próprio Clube que solicitou que o seu nome fosse inscrito nesta artéria.
Olivério Aguiar Serpa (Lisboa/22.03.1916 – 07.05.1983) começou a praticar desporto em 1931, e passou por diferentes modalidades como Remo, Hóquei em Campo, Hóquei em Patins – nas quais foi campeão nacional e internacional-, mas também Ginástica, Natação, Ténis de Mesa, Futebol e Voleibol. Contudo, foi no hóquei em patins que mais se destacou, tendo sido internacional de 1936 a 1949, com vitória em 3 campeonatos nacionais para além de ter contribuído para dar a Portugal as suas primeiras vitórias nos campeonatos da Europa e do Mundo. Em equipas orientadas por José Prazeres, junto com Álvaro Lopes, António Raio, António Soares, Edgar Soares, Manuel Soares, os guarda redes Cipriano dos Santos e Emídio Pinto, os primos Jesus Correia e Correia dos Santos e o seu irmão Sidónio Serpa, alcançaram a vitória nos Mundiais de 1947 e 1949 (ambos em Lisboa), 1948 (Montreux) e 1950 (Milão).
Olivério Serpa foi ainda Capitão da Equipa de Honra do Clube Futebol Benfica a partir de 1944, orientador da Seleção de Lisboa de hóquei em campo, treinador de hóquei em patins e cronista desportivo, tendo sido agraciado com a condecoração de Grande Cavaleiro da Ordem de Cristo (1949) e a Medalha de Mérito Desportivo (1951).
Como a maioria dos desportistas portugueses exerceu também outra profissão, tendo sido desde 1944 funcionário bancário. Refira-se finalmente que o seu irmão mais novo, Sidónio Serpa, também se encontra na toponímia de Lisboa desde 1997.