A Azinhaga da Torre do Fato ainda hoje sobrevive estendendo-se desde a Rua Fernando Namora à Estrada do Paço do Lumiar, derivando o topónimo da dita Azinhaga do nome da Quinta da Torre do Fato.
Tradicionalmente, as azinhagas que acompanhavam os limites de uma Quinta ganhavam a denominação dessa Quinta, tal como acontece aqui embora se desconheça a origem da Torre do Fato. O que sabemos é que no séc. XVIII, em 1775, na então freguesia de São João Batista do Lumiar, o proprietário da Quinta Torre do Fato era João Caetano de Abreu. No século XIX, a Quinta era a casa de campo da família de Bernardo de Sá Nogueira, Barão (1833), Visconde (1834) e primeiro Marquês de Sá da Bandeira (1854), sendo que no jornal Gazeta de Lisboa deparamos em 13 de agosto de 1823 com o anúncio de «Quem quizer comprar a uva das vinhas, pero e maçã da quinta da Torre do fato, à Luz; falle com os donos da mesma quinta, ou em Lisboa na rua da Gloria nº 41 terceiro andar». Seis anos depois, em 16 de maio de 1829, publicitava-se o arrendamento da Quinta fazendo saber que «arrenda-se as casas com mobilia, e a quinta da Torre do fato, no sitio da Luz, tem pomar, vinhas e duas courellas de vinha annexas, olivedo, lagar, adêga, forno para cozer pão, cavalharice, palheiro, e commodos para huma grande familia; ha de principiar o arrendamento no primeiro de Junho proximo: fale-se a Paulo José Nunes, em Lisboa na rua dos Algibebes nº 78». Ainda em 1832, o mesmo periódico insere um anúncio de Ayres de Sá Nogueira, na sua «quinta da Torre do Fáto, perto da Luz» para contratar quem lhe administrasse uma quinta agrícola em Santarém.
No séc. XX, na planta de Júlio Silva Pinto de 1907 está identificada a Quinta e a Azinhaga da Torre do Fato. De 1922 a 1924 encontramos permutas de terrenos entre a Câmara Municipal de Lisboa e Manuel Gomes, para alargamento da Azinhaga da Torre do Fato e da Estrada de Telheiras de Cima. E em 1970 sabemos que a Clínica Psiquiátrica de São José das Irmãs Hospitaleiras estava em 1970 já instalada na Quinta da Torre do Fato.