A Rua do Barão que presidiu o último governo setembrista

Freguesias da Penha de França e  do Areeiro

Freguesias da Penha de França e do Areeiro
(Foto: Sérgio Dias)

Cinquenta e um anos após o falecimento do primeiro e único barão da Ribeira de Sabrosa e, primeiro-ministro do último governo inteiramente setembrista foi  o seu nome atribuído por Edital de 30/11/1892 na artéria até aí denominada Azinhaga do Alto do Pina e, assim nasceu a Rua Barão de Sabrosa.

De seu nome completo Rodrigo Pinto Pizarro Pimentel de Almeida Carvalhais (Vilar de Maçada-Alijó/30.03.1788 — 08.04.1841/Vilar de Maçada – Alijó), foi oficial do exército e político.

Militar desde os 15 anos, desempenhou funções no Brasil e aí colaborou na Revolta Liberal do Maranhão de 1821-1822 e, como ajudante de Saldanha na Secretaria de Estado da Guerra foi portador do ultimatum a D. Isabel Maria, forçando ao juramento da Carta em 1826. Em 22 de Junho de 1834, D. Pedro IV prendeu-o e sendo deputado eleito pelo Porto nesse ano, não chegou a tomar assento porque as Cortes anularam a respectiva eleição. No ano seguinte, a  rainha D. Maria II concedeu-lhe o baronato por decreto de 22 de Setembro de 1835. Tornou-se membro fundador da Sociedade Patriótica Lisbonense em 9 de Março de 1836 e, foi designado administrador geral de Bragança, voltou a ser eleito deputado por Vila Real e, em 1839, foi Presidente do Conselho de Ministros de 18 de Abril  até 26 de Novembro, do último governo inteiramente setembrista e o X da Monarquia Constitucional, acumulando com as pastas  da guerra, dos negócios estrangeiros e da marinha. Foi ainda eleito senador em 1838 e em 1840. 

O Barão de Sabrosa era também membro do Conservatório de Lisboa e da Academia de Belas Artes, tendo mesmo Garrett dedicado-lhe um livro intitulado Elogio histórico do sócio barão da Ribeira de Sabrosa.

Placa Tipo II

Placa Tipo II
(Foto: Sérgio Dias)