Rampa é uma ladeira, um arruamento em declive, muito semelhante a uma Calçada mas menos íngreme, toponomenclatura que Lisboa ainda usa em duas artérias : a Rampa das Necessidades na Freguesia da Estrela e a Rampa do Mercado na Freguesia de Santa Clara.
A Rampa das Necessidades liga a Praça da Armada à Rua das Necessidades e tal como esta, mais a Calçada, o Largo e a Travessa, o seu topónimo advém de uma antiga ermida da Nª Sr.ª das Necessidades que ali houve a partir de 1607. Pedro de Castilho, conselheiro de D. João IV comprou as casas ligadas à ermida e transformou-as na sua residência, tendo mais tarde, ficado com o assento da ermida e mandou erigir a capela-mor. Depois, D. João V comprou o local, grato à Senhora das Necessidades pelas melhoras da doença que padeceu, e ampliou a ermida, fez um palácio para si (que foi Paço Real até 1910) e ainda um hospício e um convento (que doou em 1744 à Congregação do Oratório). Com a extinção das ordens religiosas em 1834, o edifício do convento foi anexado para os serviços da Casa Real e em 1950, foi transformado em sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A Rampa do Mercado, que vai da Azinhaga do Reguengo à Rua Quinta da Assunção, é a artéria onde está instalado o Mercado das Galinheiras pelo que já era assim conhecida quando em 1988 a Comissão Municipal de Toponímia deu parecer para que assim fosse oficializada o que aconteceu com a publicação do Edital municipal de 29 de fevereiro de 1988.