João de Menezes, deputado e ministro da República, deu nome à Rua 4 do Bairro dos Aliados em 1926, com a legenda «Precursor do Regime Republicano/Século XIX» devido ao seu envolvimento no 31 de Janeiro.
Foi pela deliberação da Comissão Executiva da Câmara de 12 de junho de 1926 e Edital municipal de dia 26 do mesmo mês que assim foi fixado, junto com a Rua Casimiro Freire na Rua 5, com a legenda «Apóstolo da instrução popular/Século XIX». Já antes, por deliberação camarária de 30 de dezembro de 1925 e Editais de 16 de janeiro e de 27 de janeiro de 1926 haviam sido colocados no Bairro dos Aliados Egas Moniz na Rua 2 e o Actor João Rosa na Rua 1.
João Duarte de Menezes (Lisboa/22.04.1868 – 08.04.1918/Lisboa), formou-se em Direito na Universidade de Coimbra entre 1886 e 1895 e foi advogado em Lisboa e Porto, jornalista e deputado, sendo desde 1881 um dos vultos importantes do partido republicano. Manifestou-se contra o Ultimato inglês, nas páginas do jornal A Pátria e participou no 31 de Janeiro, no Porto, tendo mesmo por causa dos seus ideais políticos sido preso por três meses no Limoeiro, em Lisboa. Pertenceu ainda à Maçonaria, iniciado em 1892 na loja Simpatia, com o nome de Oberdank.
Colaborou em vários jornais republicanos, como nos periódicos portuenses Voz Pública (de 1896 a 1899) e O Norte, que fundou em 1900. Em 1903 fundou em Lisboa O Debate e foi secretário da redação do A Luta (1910), dirigido por Brito Camacho. Foi eleito deputado em 1906, 1908, 1910 e 1911 bem como Diretor-geral da instrução secundária em 1910 e 1911, para além de ter sido Ministro da Marinha (3 de setembro a 12 de novembro de 1911) no governo de João Chagas e em 1914, presidente do Supremo Tribunal Administrativo.
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