Chaby Pinheiro, um lisboeta no palco

O teatro está presente em 88 topónimos de Lisboa, sendo 61 de atores e atrizes e, o lisboeta Chaby Pinheiro, que faria 140 anos no próximo dia 12 de Janeiro, é um deles.

A Rua Chaby Pinheiro foi o topónimo atribuído à Rua A da Quinta do Vianinha enquanto a Rua B ficou com o nome de Isidoro Viana, o antigo proprietário do local, ambos pelo mesmo Edital de 17 de Abril de 1934.

António Augusto de Chaby Pinheiro (Lisboa/12.01.1873 – 06.12.1933/Lisboa) nasceu no nº 53 da Rua de S. Julião e deixou incompleto o Curso Superior de Letras para se empregar nos Correios e Telégrafos mas, o contacto com grandes vultos das letras e das artes fez despertar nele a vocação para o teatro e foi assim que a 10 de Outubro de 1896, se estreou na peça O Tio Milhões, integrado na Companhia Rosas & Brasão, no palco do D. Maria II. A partir daí desenvolveu brilhante carreira de intérprete, que se prolongou até 1931, trabalhando em várias companhias e tendo ele próprio formado uma com Aura Abranches, na qual se destacam como pontos altos o seu desempenho em peças como A Casa da Boneca (1898) de Ibsen, na revista satírica A Feira do Diabo (1910) de E. Schwalbach ou na Xá bi tudo (1931) de Fernando Ávila. No cinema também apareceu em Lisboa, Crónica Anedótica (1930) de Leitão de Barros.

Chaby Pinheiro foi casado com a atriz Jesuína Saraiva e condecorado com a Ordem de Santiago.