A Avenida do 1º piloto da aviação portuguesa na I Guerra Mundial

Freguesia do Areeiro

Freguesia do Areeiro                                                                                  (Foto: Sérgio Dias)

Óscar Monteiro Torres, o 1º aviador português brevetado e herói da I Guerra Mundial, nasceu como topónimo por deliberação camarária de 02/06/1925 na Rua Oriental do Campo Grande enquanto a Rua Ocidental do Campo Grande, também em Avenida, estava Sacadura Cabral por força do Edital municipal de 07/05/1925.

Contudo no ano seguinte, pelo Edital de 14/09/1926, a Avenida Óscar Monteiro Torres passou a ser a «avenida paralela a esta [a Sacadura Cabral]» e ao sul, a qual já se acha iniciada, e que parte igualmente do lado nascente do Campo Pequeno, em direcção da Estrada das Amoreiras» e foi-lhe acrescentada a legenda «Aviador/1889 – 1917 ( Morto em Combate na Grande Guerra)», por despacho do Presidente da Câmara publicado no Diário Municipal  de 01/03/1940. O mesmo Edital de 1926, colocou numa artéria paralela – na «avenida que partindo do lado oriental do Campo Pequeno, junto da Fabrica de Cerveja Estrela vai em direcção nascente até á Estrada das Amoreiras»-, também em Avenida, outro aviador: Sacadura Cabral.

Óscar Monteiro Torres (Luanda/26.03.1889 – 20.11.1917/Laon – França) foi um capitão de cavalaria que se tornou um herói da aviação portuguesa na I Guerra Mundial. Após a revolta de 14 de maio de 1915, foi escolhido pelo então ministro da Guerra, Norton de Matos, para seu ajudante. Monteiro Torres ofereceu-se para a aviação portuguesa que o ministro da Guerra queria organizar e foi assim  para Inglaterra para obter o diploma de piloto na Escola de Aviação de Hendon, o que conseguiu com a mais alta classificação. Passados três meses rumou a França para a Escola de Aperfeiçoamento de Pau. Regressado a Portugal, Óscar Monteiro Torres organizou e colaborou na Escola de Aviação de Vila Nova da Rainha, conseguindo-se assim que uma divisão portuguesa ficasse pronta para apoiar os Aliados na Guerra. As primeiras tropas portuguesas partiram para França em janeiro e fevereiro de 1917. Contudo, já em território francês, Monteiro Torres não dispunha de aviões que os britânicos só entregariam  aos portugueses em dezembro desse ano e nessa espera, com autorização de Norton de Matos, ofereceu-se ao governo francês que acabou por o integrar na esquadrilha «Spad 65». No combate do dia 19 de novembro de 1917, nos céus de Laon, é ferido e acaba por falecer na madrugada do dia seguinte.

Edital de 14.09.1926

Edital de 14.09.1926

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