O 25 de Abril e a Rua do Arsenal

(Foto: Diário Popular, 25 de abril de 1974)

Local de confrontos entre forças revoltosas da Escola Prática de Cavalaria de Santarém e de forças fiéis ao regime, do Regimento de Cavalaria 7. Entre as 07H00 e as 10H30, distinguiu-se o tenente Alfredo Assunção, ao procurar negociar com os opositores, mantendo-se sereno, mesmo depois de ter sido agredido por um oficial das forças do regime.

 

Este topónimo fixou na memória de Lisboa a presença no local do Arsenal da Marinha. Os estaleiros das Tercenas navais  mandados construir por D. Manuel I foram destruídos pelo Terramoto de 1755 mas logo foi determinada a sua reconstrução, sob o risco de Eugénio dos Santos, que se iniciou em 1759.  Durante muito tempo o local foi conhecido como Ribeira das Naus, sendo extensivo ao Arsenal da Ribeira das Naus, depois Arsenal Real da Marinha e a partir de 1910, apenas Arsenal da Marinha. Manteve-se em laboração até 1939, ano em que a sua doca seca foi atulhada por motivo da abertura da Avenida da Ribeira das Naus, apesar de já desde 1936 tivesse começado a transferência do Arsenal para as instalações navais do Alfeite.

O arruamento começou a ser a Rua dos Arcos Cobertos, com uma configuração diferente. Após o Terramoto ficou conhecido como Rua Direita do Arsenal e ainda assim surge em 1856 no Atlas da Carta Topográfica de Lisboa de Filipe Folque, para depois perdurar até hoje como Rua do Arsenal, tal como já em 1907 se assinala nas plantas de Silva Pinto.

(Foto: Diário Popular, 25 de abril de 1974)

© CML | DPC | NT e GEO | 2019