A misteriosa Atalaia do Bairro Alto

Entre 1898 e 1908, Arquivo Municipal de Lisboa

Entre 1898 e 1908, Arquivo Municipal de Lisboa

A Rua da Atalaia já aparece com esta denominação em 1551, bem como  no Sumário de Cristóvão Rodrigues de Oliveira de 1554.

Sobre este topónimo o olisipógrafo Luís Pastor de Macedo cita  Gomes de Brito, para nos esclarecer que «Assento pois como certo que ali, no sítio mais elevado do campo [atalaia é uma palavra de origem árabe que significa lugar alto ou sentinela] que é hoje o bairro de S. Roque, e com vista para a cidade, para o lado de Santos, e para o Tejo, se erguia uma atalaia de castelhanos [na época da eleição do Mestre de Avis] e que daí se trocavam sinais e avisos…» e concluir que «nada encontrámos que abonasse aquela opinião ou que nos levasse a admiti-la e que outrossim nada vimos que nos habilitasse a filiarmos a origem do nome da rua noutra circunstância».

Pastor de Macedo também refere como antigos moradores desta rua Josefina Santos, do elenco do Teatro do Ginásio e viúva do maestro Lino (1898) , bem como os Condes da Atalaia, no Palácio que mais tarde se tornou a sede do jornal desportivo Record, sendo que no prédio fronteiro, onde é a sede do Lisboa Clube Rio Janeiro residiu também o jornal Diário. Ainda neste arruamento, no antigo Palácio dos Condes de Tomar, onde hoje está a loja da estilista Fátima Lopes, foi a sede do jornal País.

Entre 1898 e 1908, Arquivo Municipal de Lisboa

Entre 1898 e 1908, Arquivo Municipal de Lisboa

Rua da Atalaia