Teresa Gomes, uma atriz que desenvolveu a sua veia cómica no teatro de revista e no cinema, como recordamos na sua cena de O Pai Tirano em que na falta de pastéis ela pedia dois copinhos de vinho branco, dá também o seu nome a uma artéria da Freguesia de São Domingos de Benfica, que era a Rua Projectada à Rua António Nobre, desde a publicação do Edital de 25/10/1971.
Teresa Gomes (Lisboa/ 26.11.1882 – 12.11.1962/Lisboa) começou em 1911 como corista na revista A Musa dos Estudantes, no Teatro da Trindade, onde permaneceu 8 anos e a partir daí desempenhou já papéis de importância, de figuras emblemáticas alfacinhas, destacando-se a revelação da sua veia cómica na primeira revista que fez como actriz, Pé de Meia, em 1919, ou a sua interpretação do papel de comadre Zefa na peça Dois Garotos.
Para além da revista à portuguesa, Teresa Gomes experimentou o teatro declamado, a opereta, a ópera cómica e o género dramático, tendo trabalhado na Companhia de José Ricardo, na Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro e no Maria Vitória.
O seu talento ficou ainda impresso em filmes como Lisboa, Crónica Anedótica (1931), A Canção de Lisboa (1933), O Pai Tirano (1941), Fátima Terra de Fé (1943), Os Vizinhos do Rés-do-Chão (1947), bem como em atuações na Emissora Nacional e em postos particulares de rádio.
Foi casada com o também ator Álvaro de Almeida que foi quem lhe despertou também a paixão pelo teatro e que faleceu em 1945.
Em 6 de outubro de 1959 foi homenageada no Coliseu dos Recreios, tendo o elenco do Teatro Maria Vitória revivido a revista Encosta a Cabecinha e Chora e nesse mesmo ano foi agraciada com a Ordem de Santiago da Espada.
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O meu avô era o barman, Mario dos Reis Fernandes, infelizmente nunca o conheci, mas o meu pai era muito parecido
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