Santos e Castro que foi o 56º Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, entre 1970 e 1972, ficou perpetuado numa avenida da Charneca tendo esta artéria sido escolhida pela Comissão Municipal de Toponímia porque «(…) entre as obras de renovação viária da cidade, realizadas durante o mandato do Engenheiro Santos e Castro, se conta a ligação da Avenida Marechal Craveiro Lopes ao limite do concelho, na freguesia da Charneca, o que lhe granjeou a simpatia da população local (…)».
Assim, pelo Edital de 09.12.1988, o troço da Estrada das Amoreiras, compreendido entre a Avenida Marechal Craveiro Lopes e o Campo das Amoreiras passou a designar-se Avenida Santos e Castro, para homenagear Fernando Augusto Santos e Castro (Funchal/20.07.1922 – 10.11.1983/Lisboa).
Engenheiro agrónomo de formação, desempenhou diversas funções administrativas e políticas havendo sido sucessivamente Presidente da Comissão Concelhia de Lisboa da União Nacional, Vice-presidente da Comissão Distrital de Lisboa da União Nacional, procurador à Câmara Corporativa na IX Legislatura, Chefe dos serviços técnicos (1955) e Presidente (1969) da FNPT – Federação Nacional dos Produtores de Trigo, Chefe de gabinete do Secretário de Estado da Agricultura (1958-1961), Chefe da Repartição do Quadro Técnico da Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas (1961-1967), deputado à Assembleia Nacional (1965 – 1973), Presidente do Grupo de Trabalho n.º 1 do Secretariado Técnico da Presidência do Conselho, vereador da Câmara Municipal de Lisboa (1968), Presidente da CML (1970-1971) e depois, foi o 120º Governador de Angola (de 10.10. 1972 a 25.04.1974), local onde havia passado parte da infância e da adolescência.
Voltou a Lisboa e também viveu algum tempo no exílio. Refira-se ainda que é pai de José Ribeiro e Castro e, irmão de Gilberto Santos e Castro, co-fundador dos Comandos que, em 1975, em Angola, lutou contra o MPLA combatendo ao lado da FNLA.
Pingback: Leitão de Barros o realizador do 1º filme sonoro português, numa Rua de São Domingos de Benfica | Toponímia de Lisboa
Pingback: O maestro Ivo Cruz numa praceta de Benfica | Toponímia de Lisboa
Pingback: A Rua da ilustradora e pintora Raquel Roque Gameiro | Toponímia de Lisboa
Pingback: A Rua do falado Nélson de Barros | Toponímia de Lisboa
Pingback: A Rua Actriz Palmira Bastos que se estreou no Teatro da Rua dos Condes | Toponímia de Lisboa
Pingback: A Rua do autor da letra d’A Casa da Mariquinhas e d’A minha casinha | Toponímia de Lisboa
Pingback: A Rua Leitão de Barros, do realizador da Severa e criador das Marchas Populares | Toponímia de Lisboa
Pingback: Dez Heróis do Ultramar em Olivais Velho, Benfica e Alcântara | Toponímia de Lisboa
Pingback: A Rua da primeira pediatra portuguesa, Drª Sara Benoliel | Toponímia de Lisboa
Pingback: O Largo dos Defensores da República de 1916 | Toponímia de Lisboa
Pingback: A Rua Francisco Baía que foi de Alvalade para São Domingos de Benfica | Toponímia de Lisboa