A Rua Nóbrega e Sousa no centenário do compositor

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Freguesia do Lumiar – Placa Tipo II   (Foto: José Carlos Batista)

No ano em que se comemora o centenário do nascimento de Nóbrega e Sousa, compositor de Sol de Inverno ou Vocês sabem Lá,  recordamos a rua a que dá o seu nome em Lisboa e que faz a ligação da Rua Vasco Gonçalves à Avenida Carlos Paredes, artéria que antes fora a Rua B da Malha 3 do Alto do Lumiar e que ainda antes era espaço da Quinta da Musgueira.

A Rua Nóbrega e Sousa foi inaugurada no 1 de Outubro de 2004, por ser justamente o Dia Mundial da Música, já que com mais 7 arruamentos com nomes de cantores, instrumentistas e maestros – Luís Piçarra, Arminda Correia, Adriana de Vecchi, Tomás Del Negro,  Shegundo Galarza e Belo Marques – e uma Alameda da Música assim se  criou em Lisboa um Bairro com topónimos dedicados à Música.

Carlos de Melo Garcia Correia Nóbrega e Sousa (Aveiro/04.11.1913 – 04.04.2001/Lisboa) foi um consagrado maestro que desde a sua primeira valsa editada pela Sasseti em 1933 muito contribuiu durante décadas para o êxito da música ligeira portuguesa. Muito por insistência do seu pai ainda trabalhou 2 anos como escriturário na Câmara Municipal de Lisboa mas   Nóbrega e Sousa distinguiu-se foi na música, trabalhando nos programas em direto das rádios e no teatro de revista, escrevendo canções para filmes portugueses e ao compor mais de 500 canções nos mais diversos géneros e ritmos, desde valsas a fado, das marchas ao rock, a maior parte delas gravadas comercialmente em Portugal e, algumas em países como Espanha, Brasil, França, Itália, Inglaterra, Argentina ou Estados Unidos e que foram interpretadas por nomes como Simone de Oliveira, Amália Rodrigues, Tony de Matos, António Calvário, Maria de Lurdes Resende, Maria José Valério e Fátima Bravo.  De 1940 a Novembro de 1974 Nóbrega e Sousa foi funcionário da Emissora Nacional, primeiro como Assistente de Programas Musicais e depois, como Chefe da Secção de Programas Ligeiros.

Nóbrega e Sousa foi distinguido com um Oscar da Casa da Imprensa para o melhor compositor de Música Ligeira (em 1962 e 1963), venceu o Festival da Canção por 3 vezes (1965, 1970 e, 1979) com Sol de Inverno, Onde vais rio que eu canto e Sobe sobe balão sobe e, ganhou o 1º Prémio da Grande Marcha de Lisboa em dois anos seguidos (1968 e 1969), com Lisboa dos Milagres e Lisboa dos Manjericos, para além de ter sido agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1998) quando cumpria 70 anos de carreira e, em Novembro de 2000 pela sua obra e como morador durante 35 anos na freguesia, na Rua Tomás da Anunciação, foi homenageado pela Junta de Santo Condestável.

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Freguesia do Lumiar    (Foto: José Carlos Batista)